A maior parte dos pacientes com Transtorno Bipolar apresentaram, apresentam ou vão apresentar uma fase de depressão em suas vidas. Inclusive, muitos buscam ajuda profissional nesse momento. Porém, quando falamos de pacientes sem diagnóstico, pode ser difícil determinar se a depressão que ele apresenta se configura como uma Depressão Bipolar ou uma Depressão Unipolar.
Nesse caso, você poderia me perguntar: “Mas, importa saber? Não é só tratar como depressão?”
E eu te digo que importa muito. Afinal, são tratamentos bem diferentes. Se um paciente com Depressão Bipolar é tratado por meio de antidepressivos, como um paciente com Depressão Unipolar, ele pode: 1) não apresentar resultados; 2) trocar diversas vezes de doses e antidepressivos; 3) piorar o caso e apresentar mais irritabilidade, oscilações de humor e até pensamentos suicidas; 4) indução de hipomania pela medicação.
Por isso, vale a pena atentar para as seguintes pistas que podem indicar a presença de uma Depressão Bipolar:
✅Ocorrência de depressão com início na adolescência;
✅Mais de cinco episódios depressivos na vida;
✅Tentativa de uso de mais de três antidepressivos, sem sucesso;
✅Contribuição genética: pais, irmãos, avós e tios com histórico de depressão recorrente, abuso de substâncias, suicídio, características de instabilidade e instabilidade;
✅Ocorrência de depressão com sintomas psicóticos;
✅Sintomas sazonais, ou seja, sempre ocorrem na mesma época do ano, em geral, no inverno;
✅Depressão grave no pós-parte em função de mudanças hormonais e privação de sono;
✅Depressão mista, muitas vezes confundida com ansiedade, que consiste num estado de humor e pensamentos com conteúdo negativos, mas com agitação motora e pensamentos acelerados;
✅Depressão atípica, com ganho de peso, sono e retardo psicomotor acentuado.
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