Sabe-se que a herdabilidade do Transtorno Bipolar é de cerca de 90%, a maior dentre todos os transtornos mentais. Isso quer dizer que, se você tem o TB, ele é explicado em 90% pelos seus genes e 10% pelo ambiente.
Sendo assim, é esperado que ele possua uma base biológica muito grande e, de fato, isso é verdade.
Quando se compara o funcionamento cerebral de pessoas com TB e sem TB, os pacientes com TB apresentam disfunções em regiões como o córtex pré-frontal, circuitos entre amígdala e hipocampo (responsáveis pela regulação e o processamento das emoções), e a ativação excessiva de áreas ventro-estriatal e órbito-frontais (relacionadas ao processamento de recompensas).
Essas características, por sua vez, culminam na labilidade e desregulação emocional e no aumento da sensibilidade a recompensa, tão característicos do TB.
A diminuição de volume na substância cinzenta dos córtices pré-frontal e temporal, na amídala e no hipocampo, além de alterações na condutividade da substância branca em circuitos que conectam regiões pré-frontais com regiões subcorticais, podem servir de base estrutural para explicar as alterações no funcionamento cerebral de pacientes com TB.